

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, mandou um recado aos profissionais de saúde do país em meio a crise de intoxicações por metanol no país, na tarde desta segunda-feira (6/10). Segundo Padilha, as equipes médicas devem fazer a notificação de suspeita de contaminação por metanol antes mesmo da confirmação de um caso.
“Sempre aja, não espere nada tomar grandes proporções, nem busque minimizar qualquer problema de saúde”, orientou o ministro.
Os registros de casos suspeitos por intoxicação com metanol chegaram a 225 em todo o país. O número não aumentou desde a última atualização, feita na noite desse domingo (5/10). Do total de registros suspeitos, há 16 casos confirmados e 209 em investigação.
Apesar disso, um novo boletim com dados nacionais consolidados será divulgado durante esta noite, após atrasado de envio da informações do estado de São Paulo.
Até o momento, duas mortes pela ingestão de metanol foram confirmadas, ambas em São Paulo. Há, ainda, 13 óbitos em investigação: sete em SP, três em Pernambuco, um em Mato Grosso do Sul, um na Paraíba e um no Ceará.
O governo federal começou a distribuir, nesse sábado (4/10), etanol farmacêutico, antídoto usado no tratamento de intoxicações por metanol, para cinco estados brasileiros.
Ao todo, 580 ampolas do antídoto foram enviadas nesta primeira leva:
Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Rondônia, Piauí, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Paraíba e São Paulo, epicentro da crise, ficaram de fora da primeira remessa.
De acordo com o Ministério da Saúde, o envio atende a pedidos locais de reforço e está sendo realizado em parceria com as secretarias estaduais de saúde.
A crise é investigada pela Polícia Federal (PF) desde a última terça-feira (30/9). Em paralelo, a Polícia Civil do Estado de São Paulo também faz apurações.